Outra coisa que dificultava o aproveitamento do vento era a constante variação da sua força. Os moinhos mais antigos, que tinham velas similares às de um barco, não eram facilmente adaptáveis às velocidades variadas dos ventos. Se os freios fossem accionados, o calor resultante da fricção poderia incendiá-los e as fortes rajadas de vento podiam fazer com que as velas batessem umas nas outras ou no próprio moinho, causando danos incalculáveis.
Com telhados giratórios e velas ajustáveis, pelo enrolamento à volta do mastro, diminuindo a exposição ao vento, os moinhos atingiram o apogeu em fins do século 19, quando em toda a Europa milhões de toneladas de farinha e até mais de 1.500 megawatts de energia. Foi então, que estes ventos de mudança, trouxeram a revolução tecnológica, como a eletricidade, as turbinas a vapor e o motor de combustão interna. Os moinhos não puderam, então, competir com a eficiência e a mobilidade das novas máquinas, parecendo que o vento se desviou das suas velas para sempre.
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